O meu elefante tem medo de ter asas.
Ele as tem, mas tem medo. Não tem jeito. Ele pensa: "Mas e se as asas não forem suficientes?", e acaba imaginando vôos longos e leves, em direção ao mais belo pôr do sol.
O meu elefante prefere dar de asas pra todo o resto, sentar no sol da varanda e olhar para o horizonte. As asas, apesar de estarem ali, de meterem medo e tudo, são só um símbolo, um dente do ciso que apesar de ter que nascer, não vai fazer nada muito além de completar o quadro de dentes da boca. Mas ainda assim, elas estão ali. Branquinhas, inquietas.
As asinhas do meu elefante estão sempre batendo...felizes nas tardes de sol em que ele se senta e vê o sol se pôr, sentindo a terra sob seus pés e o céu acima da sua cabeça, sentindo toda a inquietude da vida que bate em suas asas e em seu coração.
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